sábado, 14 de novembro de 2009

você muda tudo muda você

Então, força do hábito, sempre início com então. Estou pretendendo voltar a escrever, talvez ninguém leia, mas não importa, espero colocar aqui algumas palavras do meu cotidiano. Colocava culpa no tempo, mas ele não tem nada a ver com isso.

Muita coisa mudou, mas que bom né? O pior seria se eu continuasse o mesmo. É impossível! Não tem como ser o mesmo Nayran. Da hora que eu saio pra ir pra estágio, 6h, até a hora que eu chego da faculdade, 0h, muita coisa muda. Erros e acertos que fazem de mim uma nova pessoa. Fico pensando nesse povo que casa, depois de alguns anos de relacionamento eles não são mais os mesmos, é óbvio, e isso é difícil de entrar na cabeça deles.

Então, dia 04 e 08 de novembro foi aniversário dos meus pais, estava distante, alguns abraços, um parabéns e passou. Sei que eles merecem mais, merecem tudo! Fiquei numa inquietação, acho que eles nunca vão ler isso, precisava de um espaço. Nunca tive problemas sérios com eles, sempre me apoiaram em tudo. Muitos amigos não suportam, não entendem seus pais, em muitos momentos eu também não entendi se aquela era a melhor escolha para mim, mas fazer o que, eles não tiveram a mesma criação, as mesmas oportunidades e experiências.

Acredito muito no que fala um grande amigo meu: “Temos que aprender a sermos pais dos nossos pais”. Complexo, difícil! Exige um esforço tremendo! Mas é uma forma para não nos arrependermos de tudo aquilo que poderíamos ter vivido ou falado com eles, afinal ninguém é eterno.

Fazemos tudo para nos tornar diferentes, mas será mesmo? O que de fato estamos escolhendo para mudar? Será que vamos ter que passar pelo complexo de Elis e sofrer a “dor de perceber que apesar de termos feito tudo que fizemos ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais”.

Não é auto-ajuda, é um pouco de mim, fica a dica!









2 meses.

6 comentários:

... ândi s! disse...

E aí Nayran! Que bom que voltou a escrever, cara! ;) É isso aí. Gostei do seu texto. É reflexivo e rico.

Parabéns! Escreva mais!

Paula Bretas disse...

Aê nayran..,realmente temos que escrever. lembro de algumas pessoas que falavam que temos que ler tudo, desde jornal até bula de remédio. E a mesma coisa temos que fazer com a escrita. Exercitar...As vezes com 140 caracteres, as vezes num comentario do blog do amigo, mas escrever é tudo na profissão que queremos seguir. Bjs

Unknown disse...

Quem nunca se indagou a respeito de sua "vocação" para com seus pais? Gostei muito de sua "volta ao blog" ser feita em homenagem a eles. E como diz a Paula, tanto faz se escrevemos 140 caracteres, ou 700 páginas para um Projeto Experimental (tá chegando!) O que vale mesmo é se exercitar. SEMPRE. Parabéns... ótimo texto.

Leonardo Xavier disse...

Nayran, eu achei interessante esse post. Eu acho que mesmo gostando muito dos meus pais algumas vezes a convivência com as pessoas é trabalhosa. Mas eu acredito que quando a gente tenta entender um pouco mais da história deles e que muitas vezes eles foram criados numa realidade bem diferente da nossa, talvez seja um pouco mais fácil compreedê-los.

Unknown disse...

Que bom que voltou a escrever Nayran. Escrever, muitas vezes, alivia o fardo que carregamos. Assim, espero passar aqui para ler algo sempre. Com simplicidade e emoção você passou, ao usar as palavras, um pouco de você, que também se parece com um pouco de mim. Adorei!!

Jéfi disse...

Uauh! que bom saber que vc tem um blog tb, rapaz.
gostei demais do seu texto, e isso dos pais é complicadíssimo mesmo, sei bem como é.
quanto ao complexo de Elis, bom, eu discordo um pouco. porque eu acho que é inevitável, por exemplo, eu acabei de cantar em alto e bom tom "como nossos pais", enquanto fritava bolinho de arroz aqui em casa, e pensei: pôxa, minha mãe é fanzona da Elis, e minha avó também... "nossos ídolos ainda são os mesmos".. a gente tenta fugir do que são os nossos pais, mas a gente, de alguma forma, se transforma neles. é meio inevitável. =]
adorei seu blog.
abração